No Brasil existem centros espíritas que dão cursos práticos de mediunidade de cura com aulas sobre física quântica. Noutros centros, apostilas mostram a coreografia correta para se aplicar um passe. Médiuns psicografam livros detalhando planos de dominação das trevas, e lideranças se dedicam a traduzir a Bíblia. Instituições impõem liturgias, proibições e dogmas e consideram o trabalho de Kardec uma revelação divina, seus livros como lei escrita em pedra. E tudo isso é denominado unicamente de espiritismo, apesar das profundas contradições.
Além disso, vivemos num momento histórico de grandes contradições sociais e retrocessos políticos. E muitos espíritas como nós não estão satisfeitos com o conservadorismo predominante em nosso movimento.
Para tentar organizar essa cacofonia, iluminando o que é essência e o que é incoerência, lançamos hoje esse manifesto, que ficará on-line. Nele também mostramos que o espiritismo é um pensamento livre e progressista e deve estar a postos para mudar a sociedade. Nos próximos meses vamos aprofundar as ideias do manifesto aqui no blog da ABPE. Quem quiser assinar (os nomes serão incluídos no site da ABPE), envie nome, cidade e estado ou país para o e-mail: abpe@pedagogiaespirita.org.br
Preâmbulo
O espiritismo no século XXI é um fenômeno multifacetado e complexo. Diferentes correntes que praticam a mediunidade se autodeclaram espíritas; outras, apenas
espiritualistas. Todas elas merecem nosso respeito e solidariedade.
Entretanto, esse manifesto se refere à tradição específica de Kardec e quando nos
declaramos espíritas aqui, estamos tratando desse legado.
No Brasil, porém, o país com maior número de espíritas no mundo, criou-se uma forma
de espiritismo institucional, hegemônico, que, para nós, não representa a maneira como
entendemos o espiritismo fundado por Kardec.
Lançamos assim um manifesto de um movimento espírita kardecista livre, para
demarcar o que nos une (e convidamos aqui o próprio movimento institucional) e o que
desejamos como vivência e prática de uma filosofia livre, emancipadora e progressista como é a filosofia proposta por Kardec.
Esse manifesto tem a intenção de unir, sem homogeneizar; declarar princípios, sem
dogmatismo; propor diálogo sem dissensão.
É uma iniciativa da Associação Brasileira de Pedagogia Espírita, mas apoiado por todos
os signatários (pessoas físicas ou instituições) que manifestam a mesma visão que nós.
Manifesto
1) Aceitamos como princípios espíritas a existência de Deus, a existência dos
Espíritos e comunicação com estes e a reencarnação, numa perspectiva de evolução
individual e coletiva.
2) Consideramos Allan Kardec a referência fundamental do espiritismo, entendendo
que há diversas leituras sobre suas obras e que essas diferenças devem ser respeitadas e
debatidas fraternalmente.
3) Vemos o espiritismo como uma filosofia progressista, que não perde a sua identidade
e especificidade de espiritualidade racional, quando em diálogo com outras filosofias e com a cultura de cada época histórica.
4) Compreendemos que o espiritismo está em permanente construção, em diálogo
com a pesquisa científica, a reflexão filosófica e a comunicação dos Espíritos, desde que se mantenham de Kardec o espírito crítico, a observação empírica e o princípio ético do
desinteresse.
5) Entendemos que a ética espírita – que é a do amor universal, inspirada na ética de
Jesus – deve orientar nossas ações individuais e coletivas, em prol da transformação social; portanto, devemos marcar posição contra a violência de qualquer espécie, trabalhando pela dignidade humana, pela justiça e combatendo o abuso e a sujeição de pessoas, de qualquer idade ou condição.
6) Consideramos que as manifestações de médiuns, lideranças e dirigentes espíritas são
livres e podem e devem ser analisadas e discutidas de forma respeitosa e racional. O
exercício da mediunidade e os postos de liderança não conferem autoridade incontestável em nenhum assunto.
7) Rejeitamos a ideia de que o espiritismo seja uma religião institucional. Entendemos
que ele propõe uma espiritualidade livre e aberta, com a possibilidade de diálogo com outras tradições espirituais.
8) Rejeitamos qualquer tutela institucional sobre o pensamento espírita: a prática, o
estudo, as produções e a representação do espiritismo são livres e não são monopólio de
nenhuma instituição nacional ou internacional.
9) Consideramos que o diálogo entre todos os espíritas deve ser aberto, empático e
construtivo, sem a perda da criticidade e da liberdade de consciência e expressão.
10) Entendemos o espiritismo como uma proposta pedagógica, que trabalha por uma
educação emancipatória de todas e todos para a convivência pacífica, para a justiça e
equidade e para a prática de uma espiritualidade amorosa e crítica.
Ademar Arthur Chioro dos Reis (São Paulo – SP)
Adriana Jaeger Santos (Igrejinha – RS)
Alessandro Cesar Bigheto (Jundiaí – SP)
Alexandre Machado Rocha (Niterói – RJ)
Alexandre Mota (São Paulo – SP)
Alexandro Chazan (São Paulo – SP)
Alice Pereira (Santo André – SP)
Aline da Silva Sousa (Fortaleza – CE)
Allan Aminadab (Natal – RN)
Álvaro Aleixo Martins Capute (Juiz de Fora – MG)
Ana Carolina de Araújo Leão (Belo Horizonte – MG)
Ana Cláudia Laurindo de Oliveira (Maceió – AL)
Ana Cristina Santiago (São Paulo – SP)
Ana Lúcia Borges (Fortaleza – CE)
Ana Lucia Danilevicius (Vinhedo – SP)
Ana Machado Rocha (Niterói – RJ)
André Luiz da Silva (São Paulo – SP)
Andrea Hespanha (São Paulo – SP)
Antonio Carlos Molina (São Paulo – SP)
Arlindo Costa Filho (Campinas – SP)
Carla Pavão (São Paulo – SP)
Carlos Alberto Mourão Junior (Juiz de Fora – MG)
Carlos Orpham (Bebedouro – SP)
Carlos Pereira (Recife – PE)
Carmen Lúcia de Oliveira (Uberlândia – MG)
Cássia Alessandra Domiciano (Rondonópolis – MT)
Célia Alves (Mogi das Cruzes – SP)
Claudia Mota (São Paulo – SP)
Claudiomir Francisco de Paula (Belo Horizonte – MG)
Clóvis Alves Portes (Ipatinga – MG)
Cristina Resende Maria (São Paulo – SP)
Dalva de Souza Franco (Santo André – SP)
Daniela Bittencourt (São Paulo – SP)
Danielle Morais Feitosa (Jundiaí – SP)
Deise Toledo Carrijo (São Paulo – SP)
Dora Incontri (Bragança Paulista – SP)
Eduardo Valério Ferreira (São Paulo – SP)
Eleandra Aparecida Lelli (São Paulo – SP)
Eleny Reis da Silva (Belo Horizonte – MG)
Eliete Catarina D’Agostini (Caçador – SC)
Elizabeth Keine (Campinas – SP)
Emílio José Lemos de Lima (Barra Velha – SC)
Erasmo Aguilera (Comayagua – Honduras)
Érica Bigheto (Jundiaí – SP)
Érika Capel Matos (Franca – SP)
Fábio André Evaristo dos Santos (Goiânia – GO)
Filipe Viana Luiz Albani (Teresópolis – RJ)
Flávia Arcanjo (São Paulo – SP)
Francisco Linhares (Juiz de Fora – MG)
Franco Luciano Pereira Pimentel (Goiânia – GO)
Franklin Felix (São Paulo – SP)
Galeno Amorim (Ribeirão Preto – SP)
Geórgia Sibele Nogueira da Silva (Natal – RN)
Geraldo Magela de Araújo (Belo Horizonte – MG)
Gislene Moreira Alves (Santo André – SP)
Glauco Nepomuceno (São Paulo – SP)
Gutemberg Pereira da Câmara (Natal – RN)
Helder Viana de Araujo (Fortaleza – CE)
Isabela Cristina Franco Mucheti (São Bernardo do Campo – SP)
Itatiara Kalil (Igrejinha – RS)
Izaias Lobo Lannes (Curvelo – MG)
Izilda Campos Nascimento (São Paulo – SP)
Jacira Jacintho (São Paulo – SP)
Jair Hermes dos Santos (Santa Maria – RS)
Jamile Tupinambá (Salvador – BA)
Jaqueline Peixoto Vieira da Silva (Uberlândia – MG)
João Damasio da Silva Neto (Palmelo – GO)
Jon Aizpurua (Caracas – Venezuela)
José Wilton S. Freitas (Florianópolis – SC)
Juçara Silva Volpato (Vitória – ES)
Juliana Araújo da Silva (São Paulo – SP)
Katia Dias Del Giorno (São Paulo – SP)
Kátia Maria Pessoa Garcia (Manaus – AM)
Laís Rogrigues (Rio de Janeiro – RJ)
Laísa Emanuelle de Oliveira dos Santos (Serra – ES)
Larissa Blanco (São Paulo – SP)
Leandro Piazzon (Americana – SP)
Leandro Uchoas (Rio de Janeiro – RJ)
Leno Pinheiro (Fortaleza – CE)
Leopoldo Nogueira e Silva (Florianópolis – SC)
Lili Lungarezi (São Paulo – SP)
Litza Amorim (São Paulo – SP)
Lorisani Marisa de Leão de Souza (Igrejinha – RS)
Lourdes Sales (Brasília – DF)
Luciana Caldeira de Oliveira Planaltina (Brasília – DF)
Luciano Bonfim (Salvador – BA)
Lucy Viana (Rio de Janeiro – RJ)
Luísa Módena (São Paulo – SP)
Luiz Raphael Dal Poggetto (São Paulo – SP)
Luiz Signates (Goiânia – GO)
Luziete M.S.Dal Poggetto (São Paulo – SP)
Marcelly Magliano (Recife – PE)
Marcelo Henrique Pereira (Florianópolis – SC)
Marcelo Teixeira (Petrópolis – RJ)
Márcia Cordeiro Tupynambá (Nova Lima – MG)
Márcia Neves de Souza (São Paulo – SP)
Marcos Rodrigo da Rosa (São Paulo – SP)
Maria Aparecida Guedes Monção (Campinas – SP)
Maria Cristina De Meneses Malheiros (Belo Horizonte – MG)
Maria da Conceição Araujo de Castro (Belo Horizonte – MG)
Maria do Carmo Queiroz Deffune (Itapeva – SP)
Maria do Socorro Lopes Fernandes (São Paulo – SP)
Maria Filomena de Freitas (São Paulo – SP)
Maria José Pinheiro Cavalcante (Parnamirim – RN)
Maria Luiza Vazallo Bertucci (São Bernardo do Campo – SP)
Marina Alves (Mogi das Cruzes – SP)
Mário Nelson dos Reis Corrêa (Cabo Frio – RJ)
Marisa Silva (São Paulo – SP)
Maristela Viana França de Andrade (Goiânia – GO)
Marlon Douglas (Simão Dias – SE)
Maurício Zanolini (São Paulo – SP)
Mauro Spínola (São Paulo – SP)
Milton Rubens Medran Moreira (Porto Alegre – RS)
Mylene Forte (Belém – PA)
Myrella Brasil (Goiânia – GO)
Neide Fischer (São Paulo – SP)
Néventon Vargas (João Pessoa – PB)
Odilon Rios Lima (Maceió – AL)
Onice Sansonowicz (Itajaí – SC)
Patrícia Finoti Quessada (Cotia – SP)
Patrícia Malite (Jundiaí – SP)
Péricles Purper Thiele (Cachoeira do Sul – RS)
Raimundo Rocha (Brasília – DF)
Raphael Faé (Vitória – ES)
Regina de Oliveira (Barra Mansa – RJ)
Regina Maura Maschio Fioravanti (São Paulo – SP)
Regis Pires Magalhães (Fortaleza – CE)
Renato Savalli (Parnamirim – RN)
Reny Bagini de Castro (São João da Boa Vista – SP)
Rita de Cássia Moreira Braga (Fortaleza – CE)
Roberto Colombo (Bragança Paulista – SP)
Rodrigo Almeida Alves (Salvador – BA)
Rogério Ribeiro Cardoso (Uberlândia – MG)
Romilda de Farias (Cuiabá – MT)
Roseli Marques Shigematzu (São Paulo – SP)
Salomão J. Benchaya (Porto Alegre – RS)
Samantha Lodi (Mogi Guaçu – SP)
Sandro da Costa Rodrigues (Petrópolis – RJ)
Semi Smaira (São Paulo – SP)
Sérgio Aleixo (Rio de Janeiro – RJ)
Silvia Proença (Belém – PA)
Sinuê Neckel Miguel (Porto Alegre – RS)
Solange Domingues de Oliveira (Espírito Santo do Pinhal – SP)
Sônia Maria Petry (Carazinho – RS)
Sônia Silva (São Paulo – SP)
Stella Brasil (Belo Horizonte – MG)
Suzana Leão (Novo Hamburgo – RS)
Tathiana Cristina Cassiano (Camboriu – SC)
Tathiane Graziela Cipullo (São Paulo – SP)
Thiago Borges de Aguiar (Piracicaba – SP)
Tovar Júnior (Santo Antonio de Pádua – RJ)
Valéria Almeida Ferreira (Campinas – SP)
Valéria Ferreira (São Paulo – SP)
Valéria Márcia Pena (Belo Horizonte – MG)
Vera Calaresi (São Paulo – SP)
Vera Maria Barbosa Leite (São Paulo – SP)
Vinicius Figueiredo Costa (Belo Horizonte – MG)
Wilson Almeida (Mogi das Cruzes – SP)
Wilson Garcia (Recife – PE)
Apoiam esse manifesto:
Movimento de Espíritas pelos Direitos Humanos
Jornal Crítica Espírita
Cejus – Coletivo de Estudos Espiritismo e Justiça Social
De acordo
Douglas Neman São Paulo SP
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Concordo.
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Penso que é uma tentativa válida de melhor compreensão e vivência do Espiritismo .
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Apoiado!
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1) Aceitamos como princípios espíritas a existência de Deus, a existência dos
Espíritos e comunicação com estes e a reencarnação, numa perspectiva de evolução
individual e coletiva.
Lendo o item 1 da proposta, acreditamos, com todo o respeito a seus idealizadores, que a proposta não se encaixa na perspectiva espírita, o máximo que poderíamos admitir é uma proposta espiritualista, já que o contexto doutrinário do Espiritismo é muito mais abrangente. E isso pode ser constatado fazendo uma análise comparativa entre as propostas filosóficas contidas em O Livro dos Espíritos e a proposta atual.
Outro ponto importante é a dificuldade dos seus idealizadores de enxergar o aspecto religioso do Espiritismo, talvez, com receio da Doutrina tornar-se mística, mas, isto é apenas uma apreciação. Por exemplo, Kardec teve o cuidado em “O Evangelho Segundo o Espiritismo” de dedicar os quatro primeiros capítulos, onde estuda, à luz da razão, temas como a vida futura, a imortalidade e a reencarnação, para somente após iniciar o estudo das Bem aventuranças, contidos no sermão da montanha. Ou seja, existiu toda uma preocupação de Kardec no sentido de ajudar o espírito humano a transitar da fé cega para a fé raciocinada, e não deixar que o misticismo religioso fizesse parte da manifestações dos espíritas.
Talvez a Dr. Dora possa esclarecer melhor o posicionamento dos idealizadores.
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Oi Leonel.
Sobre o item 1, buscamos sintetizar nele o que seriam os elementos sem os quais não poderíamos sequer considerar que algo seja espiritismo (lembre-se que partimos da premissa de que existem diferentes manifestações do espiritismo e que o Espiritismo Kardecista Livre é a manifestação que defendemos aqui). Esse item é importante porque define a base para que outras interpretações do espiritismo sejam consideradas também legítimas.
Em relação ao aspecto religioso do espiritismo, você aponta a forma como Kardec construiu seu raciocínio traçando um caminho que parte da fé cega e leva a fé raciocinada. É exatamente essa compreensão que defendemos (da fé raciocinada, que portanto não é uma religião de liturgias e dogmas). Mas, na nossa avaliação, não é essa a posição (ou a prática) que se desenvolve nos centros espiritas hoje no Brasil. O espiritismo institucional criou uma religião de liturgias e dogmas, que embora seja sim uma manifestação do espiritismo (já que tem como base o que está no item 1, não é espiritismo kardecista.
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Até que enfim: Um espiritismo livre.
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Concordo plenamente!
Mauricio Vlamir Ferreira (Santo André-SP)
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Se não criar uma ramificação do espiritismo, estou em pleno acordo
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O espiritismo já é repleto de ramificações. Nós apenas estamos assumindo que existem diferentes interpretações do que é o espiritismo e estamos adjetivando de Kardecista Livre a interpretação que, na nossa leitor, é fiel ao perfil analítico, investigativo e crítico de Kardec.
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De acordo…
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A ideia do espiritismo elevado a categoria de religião dificulta muito no seu verdadeiro propósito. A Doutrina espírita é uma Ciência a serviço do ser humano, tendo por meta principal o desenvolvimento do senso moral do indivíduo, para vivenciar seus postulados é preciso observar, e estudar, sob a luz da razão e do bom senso coisa que somente com o apoio da filosofia isso será possível.
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Vivemos momentos difíceis no ME, porém, nunca tivemos tanta oportunidade de aprendizado. A submissão, o dogmatismo ortodoxo, aliado a prepotência e ao religiosismo exarcebado nunca esteve tão evidente. Espíritas de Esquerda, Espíritas de Direita e Espíritas de Centro. Talvez justifique o esvaziamento nas Casas Espíritas e o abandono das lideranças as instituições. “O Espiritismo exprapolou as Casas Espíritas e os Espíritos sérios pouco as frequenta, vão onde há homens sérios”.
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Lamentávelmente algumas casas utilizam-se da terminologia “Espírita” para tentar açambarcar seguidores. Poderia citar aqui diversas, porém acredito que seja de bom alvitre não nominá-las. Dirigentes se aproveitam da boa fé e mesmo certa inocência de frequentadores de suas casas para arrecadar recursos e mesmo realizar verdadeiras “lavagens cerebrais” utilizando sua visão pessoal (distorcida) da doutrina. Lembram certos líderes de igrejas evangélicas que fazem arrecadação “em nome de Jesus”, porém utilizam os recursos em proveito próprio. Esses falsos espíritas realizam “sessões de cura” alegando serem instrumentos da Espiritualidade (vejam o noticiário recente sobre fatos ocorridos em Goiás e no Nordeste).
Esse movimento merece nosso apoio e respeito por querer o certo, o justo, a verdade sobre o que realmente significa a Doutrina de Kardec e o que é ser verdadeiramente espírita.
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Apoio totalmente a liberdade religiosa.
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Plenamente de acordo.Jesus e Kardec são bases e cumeeira da DE.
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Assino com alegria renovada este manifesto. Quem quiser encontrar as bases doutrinárias desse pensamento basta estudar As Leis Morais, em O Livro dos Espíritos!
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O Espiritismo ainda é um grande desconhecido, por adeptos e não adeptos. Esforcemos, primeiro, por entender primeiro a sua mensagem. Não posso deixar de concordar com J. Herculano Pires: “Ninguém é professor de espiritismo. Todos somos aprendizes, todos.”
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O evangelho segundo o espiritismo oferece a explicação das máximas morais do Cristo em concordância com o Espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida.
Codificador Alan Kardec.
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Minha casa Dr. Bezerra de Menezes, onde trabalho e frequento a anos.
Amo essa Doutrina e o nosso Codificador.
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Esse Manifesto veio em boa hora, já estava passando do tempo. Certamente, não queremos promover uma “jihad” no movimento espírita brasileiro, mas temos o dever de erguer a voz e mostrar ao Brasil e ao mundo que existe sim vida inteligente abaixo da linha do equador.
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De pleno acordo. Há muitos anos que tenho esse posicionamento. Chega de igrejismo no movimento Espírita.
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Por todas essas considerações que eu aceito, mesmo por isso, ainda assim, eu preciso ver o que está por trás desse documento, das intenções que não ousam se declarar.
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Não há nenhuma intenção. Apenas o que está escrito. Por que a desconfiança desrespeitosa ao nosso trabalho?
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Da forma como tem atuado as entidades que regem o espiritismo, atualmente, nao diferem em muito dos preceitis dogmaticos emplantados pelos demais entes religiosos. Em boa hora nos chega a proposta de emancipaçao do espiritismo. A evoluçao que estamos vivenciando, se coadunam com as leis que regem o universo, em especial o livre arbitrio, que são movimentos livres, com responsabilidade de todos sobre seus proprios atos.
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O espiritismo também tem responsabilidade sobre a evolução do planeta terra, mas sem partidarismo.
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Com certeza precisamos de um Doutrina que traga a leveza de Kardec.
Um movimento espírita e não destes espíritas que trafegam na “contra mão “.
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Sou favorável ao manifesto. O teor do manifesto é amplo para abranger as várias facetas do movimento espírita atual e aborda, de maneira clara, as principais questões da doutrina.
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Deixo aqui todo meu apoio a esta iniciativa, amo, respeito e tolerância.
Colocando sempre Kardec como base e referência, parabéns!
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Não é um comentário e sim uma pergunta:
O que é espiritismo kardecista?
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O manifesto pretende justamente definir isso. Ou estude Kardec e saiba…
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Não é um “manifesto” que vai definir o que já está definido desde o nascedouro. A mim, desculpem-me a comparação, me parece mais um movimento da “teologia da libertação” que os Leonardos Boff do “kardecismo” querem introduzir no Espiritismo.
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Para nós, comparar o nosso trabalho com o de Leonardo Boff é um elogio.
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“(…) Ninguém tem condições intelectuais e espirituais para superar Kardec – simplesmente pelo fato de que Kardec não é um autor isolado, um solitário do pensamento, mas o Codificador, assessorado na Terra pelos companheiros de missão e assistido do além pelos Espíritos do Senhor. A obra que nos deixou não é dele, como ele mesmo sempre o afirmou, mas dos seus mestres espirituais. A Doutrina que nos legou não é o kardecismo, mas o Espiritismo, ou seja a Doutrina dos Espíritos.” (Herculano Pires, Introdução da obra O que éo Espiritismo. Lake, 27 Edição.)
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Pingback: Por mais pluralismo de ideias | SerTão Espírita
Já mediram as consequências? Conhecem quantos livros publicados por médiuns, se dizendo espírita em franca contradição com a doutrina e os princípios cristãos? É ainda possível prescindir na terra de uma instituição ou lideranças que coordenem e analisem criticamente? Cuidado, ainda não entendemos Kardec e muito menos Chico, principalmente as obras de André.
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Olá, Eduardo! Ao contrário do que está dizendo, justamente estimulamos a crítica e o debate em torno de livros mediúnicos e das ideias espíritas, como propunha Kardec. Lideranças há e sempre haverá. Mas não precisamos de tutela institucional. Não precisamos de um Vaticano que nos diga o que ler e o que não ler. Somos espíritos e espíritas livres!
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Apenas como reflexão, uma frase de Madre Tereza de Calcutá que diz “As mãos que fazem valem mais que os lábios que rezam”.
A colaboração da codificação por Kardec muito impulsionou o movimento espirita, mas como ele próprio deixou, nem tudo foi codificado. Pois está aí justamente o ponto primordial do espiritismo, sua constante evolução e dinamismo de acordo com o estágio dos seres.
Apoio sim o manifesto até porque muitos oradores se detém “engessadamente” somente ao que está posto e não abre novos conceitos diante ao dinamismo deste estudo que evolve energias e mudanças de comportamento, por isso, a frase acima.
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Concordo com tudo o que foi dito. Maria da Conceição Nóbrega de Medeiros- Campina Grande- PB
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Concordo
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A ideia do espiritismo elevado a categoria de religião dificulta muito no seu verdadeiro propósito. A Doutrina espírita é uma Ciência a serviço do ser humano, tendo por meta principal o desenvolvimento do senso moral do indivíduo, para vivenciar seus postulados é preciso observar, e estudar, sob a luz da razão e do bom senso coisa que somente com o apoio da filosofia isso será possível.
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Observe como preocupação os nossos Espíritas hoje, ficam presos romances água com açúcar lendo e relendo os livros de Kardec sendo que o mesmo disse que o espiritismo evoluiria e que seus adeptos deveriam estudar e compreender que a mesma filosofia iria mudar com o tempo, não em sua essência mas em alguns assuntos. Boa tarde
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No Brasil, o espiritismo corre um sério risco de se transformar em uma religião dogmática basta observar as características dos brasileiros são idólatras, não tem hábito de leitura, e não costumam fazer uso do senso crítico. Dizem que o espiritismo tem três aspectos, em primeiro lugar o termo ASPECTOS é um substantivo que segnifica aparência exterior maneira pela qual algo ou alguém se apresenta, e isso não está de acordo com as diretrizes apresentadas por Allan Kardec. A Doutrina espírita tem suas próprias bases é uma Ciência de observação com objetivos bem definidos e muito bem elaborados, não tem ASPECTOS tem propostas fundamentadas nos mesmos parâmetros das outras Ciências cujos os objetivos são de elevação moral tendo por base a filosofia.
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Sou trabalhador do Centro Espírita mais antigo da cidade de Jundiaí e concordo plenamente com este manifesto. Temos que defender o Espiritismo de Kardec, espalhando os ensinamentos de Jesus sem dogmatismo e fanatismo.
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Com todo respeito aos que pensam assim, a mim me parece mais um movimento idêntico ao da “Teologia da Libertação Espírita”. Espiritismo é ciência, filosofia e moral. O resto é atavismo de quem pensa que domina o entendimento da Doutrina.
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Também concordo com o Manifesto.
Vejo nele uma oportunidade de discutir pontos que há algum tempo me incomodam ao frequentar Centros Espíritas, seja em palestras ou em cursos, por verificar um certo ranço dogmático e com isso comprometendo o princípio da Fé raciocinada.
A base do Espiritismo, o tripé Fé, Filosofia e ciência está fora de equilíbrio, pois o que vejo é a mistificação da fé e muito pouco da Ciência e Filosofia sendo discutidas.E não entendo como a fé pode ser raciocinada se não tivermos também desenvolvida a Ciência e a Filosofia.
Em paralelo precisamos nos posicionar frente aos grandes desafios de nosso país, mas o que vejo é um distanciamento de nossas instituições espíritas e quando alguém com certa representatividade fala, é um desastre.
Que esse primeiro manifesto dê bons frutos guiados pelos ensinamentos de Jesus e de Kardec
Elenice Monteiro – SP
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Sou espirita vão fazer uns dez anos, mas fico preocupado também com o forte desconhecimento e até a preferência de não conhecer a realidade histórica do Brasil de muitos espíritas os quais convivo. Com indulgência e seguindo a linha Cristica procuro ver com humildade e serenidade, mas me assusto, porque é impressionante a mistificação a que ficou reduzida o Centro Espirita o qual frequento; o alinhamento com propostas obscurantistas oriundas de uma conjuntura politica francamente antifraterna, logo profundamente anticristã. Esse Manifesto é uma necessidade do momento. Assino.
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Sou espirita vão fazer uns dez anos, mas fico preocupado também com o forte desconhecimento e até a preferência de não conhecer a realidade histórica do Brasil de muitos espíritas os quais convivo. Com indulgência e seguindo a linha Cristica procuro ver com humildade e serenidade, mas me assusto, porque é impressionante a mistificação a que vejo em muitos comentários de espíritas e o alinhamento com propostas obscurantistas oriundas de uma conjuntura politica francamente antifraterna, logo profundamente anticristã. Esse Manifesto é uma necessidade do momento. Assino.
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Apoio e desejo ser signatário !
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Apoiado. Adriano Correa Lima, BRASÍLIA-DF
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Quanta bobagem. Quanta perda de tempo, e gasto de energia. O mundo cheio de necessidades, e surgem estas discussões estéreis.
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Uma das necessidades que identificamos é a de uma espiritualidade crítica, racional que combata o fanatismo e o fundamentalismo. E outra é o respeito à posição do outro – coisa que você não demonstra.
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Em primeiro lugar há a necessidade de entendermos que a Doutrina é dos Espíritos (Superiores para cima) e não é personalíssima, portanto, a adjetivação “kardecista” é invencionice dos brasileiros religiosamente alinhados com uma casta hierarquizada. Espiritismo é simples. Quem complica são os seus “sacerdotes”.
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Sugiro que aprofundem seus estudos sobre o Espiritismo. … e que Jesus os abençoe.
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Olá, Ronaldo, é bastante pretensiosa a sua recomendação. Eu pessoalmente estudo o espiritismo desde 11 anos de idade, tive a orientação segura de Herculano Pires, fiz meu doutorado na USP sobre Pedagogia Espírita e já escrevi mais de 40 livros, que são referência para muitos espíritas, a maioria dos quais têm relação com espiritismo e educação. O nosso grupo da Associação Brasileira de Pedagogia Espírita, que foi fundada em 2004, tem se dedicado a estudos, publicações, congressos – tudo com muita profundidade e coerência. É absurdo alguém usar como argumentação contra nossas ideias a recomendação arrogante de estudo. Sugiro que você procure estudar o que temos produzido em conhecimento até aqui: livros, blogs, programas de rádio, seminários, DVDs, etc. Pode discordar de nossas ideias – isso é natural. Mas com argumentos tão embasados quanto os nossos! Dora Incontri
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Dora. Perceba que não estou me opondo a você. Estou fazendo uma recomendação. Sua leitura está equivocada. Tanto para o que comentei, quanto para o Espiritismo. O que me faz intensificar na recomendação. Neste caso … estude mais ainda. Vou lhe dar alguns exemplos de equívocos em seu manifesto [têm diversos]: 2) Consideramos Allan Kardec a referência fundamental do espiritismo … . Erro grave. Kardec foi o codificador. Jesus é a referência fundamental. Outro: 4) Compreendemos que o espiritismo está em permanente construção, em diálogo com a pesquisa científica, … , a observação empírica … . Outro erro grave. Pesquisa científica e empirismo são divergentes por natureza. Outro mais, apenas pra encerrar meu comentário [ainda têm muitos outros]: 5) Entendemos que a ética espírita …, em prol da transformação social [errado: em prol do indivíduo]; portanto, devemos marcar posição contra a violência de qualquer espécie. “Marcar posição contra a violência”. Quanta violência !
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A “institucionalização” (aqui entendida como espécie de encarceramento e/ou prisão) que se está tentando “combater” com este manifesto está unicamente no próprio pensamento daqueles que o elaboraram, e em nenhum outro lugar.
Criticam veladamente e FEB e as Federativas estaduais sem nenhuma disposição para auxiliar, uma vez que o movimento está sempre aberto aos de boa vontade que se dispõem com humildade a contribuir.
Querem reconhecimento sem trabalho e sem boa-vontade.
O melhor caminho é o trabalhar em suas casas, assumir a liderança de atividades e projetos locais e, assim, ingressar nas federativas, com abnegação, disposição, boa-vontade e, acima de tudo, humildade. Desse modo poderão efetivamente enriquecer o Movimento e (supostamente) “libertar o pensamento espírita”, como dá a entender o Manifesto.
Criticar de longe, não vale! As estruturas democráticas, assim como as do Movimento Espírita, previnem oscilações demasiadas nas opiniões e eventuais equívocos, mas, em compensação, demandam um certo trabalho e tempo (inclusive para modificações). Estamos todos os espíritas do Brasil convidados a auxiliar a FEB e as Federativas, mas temos que trabalhar com humildade e abnegação.
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Olá, João, humildade, como antigamente se pregava em relação à Igreja Católica, geralmente significa submissão, renúncia ao pensamento crítico, impossibilidade de debate livre… enfim, tudo o que é contrário ao espiritismo em sua essência. Eu pessoalmente, trabalho desde os 15 anos de idade pelo espiritismo, como médium, como oradora, como escritora, como estudiosa e pesquisadora e conheço a maior parte das lideranças espíritas no Brasil, sendo amiga de muitas delas, que são das federativas. Mas sim, o movimento se tornou igrejeiro e opressor, e isso Herculano Pires, meu mestre, já observava na década de 70. É preciso libertar os espíritas das tutelas institucionais. Quem se sentir confortável com elas, que fique submisso às estruturas. Dora Incontri
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Sendo um manifesto, creio estarem declarando ideias que é consenso para os assinantes.
Assim não vejo o manifesto querendo ferir nenhuma ideia espírita, pelo contrário o mesmo defende a livre expressão das diversas formas de manifestação da doutrina. Também não vejo como objetivo ferir nenhuma instituição. Discussões sobre assuntos doutrinários contemporâneos e uma análise profunda das necessidades reais e atuais das instituições é muito bem vinda nos dias que vivemos.
Torço que o manifesto possa nos ajudar a refletir sobre nossa conduta de espíritas como indivíduos ou representantes das instituições.
Se minha visão sobre o manifesto estiver correta, não vejo motivos para não assinar.
A evolução das instituições parte de nossa evolução na percepção das mesmas.
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Vamos direto ao ponto: o que nos entristece é notar que a grande maioria dos espíritas tem pensamento e atuação reacionárias, como por exemplo o apoio ao golpe que destituiu nossa presidente, e o voto no atual presidente. Ou seja, os espíritas brasileiros colaboram para que a injustiça social permaneça. Todo o apoio a esse Manifesto mais do que necessário. A Doutrina Espírita é progressista, não é e nunca foi conservadora.
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Concordo plenamente. Sempre busquei está emancipação. Entretanto, não era compreendida.
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Pingback: Manifesto por um espiritismo kardecista livre – Jornal Crítica Espírita
Muito bom! Verdadeiro e apoiado!
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