O Natal, Jesus e as respostas que precisamos nesse mundo

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Ainda é possível comemorar o Natal, nesse início conturbado de milênio? Entre tantas crises e lágrimas, tantas dores e perplexidades? Pois digo que é preciso, urgente, necessário, invocar, fazer acontecer e comemorar o Natal. Não o Natal de Papai Noel, do peru assado, do consumo. Mas o Natal de Jesus nascendo no mundo, nascendo para a humanidade, nascendo em nós.

Que outra saída senão a que ele veio nos trazer para esse mundo que nos dilacera e para esses seres humanos que se esquecem de que são humanos?

Para a corrupção endêmica da política mundial, para os banqueiros que manobram bilhões e deixam nações na miséria, pelo simples desejo de mais lucro, para a pequena porcentagem de bilionários, que enriquecem a cada dia em detrimento de multidões que se arrastam na miséria, que outro chamado senão esse: “Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me.” Mateus 19:21 ? Ou ainda: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.”Mateus 6:19-21

Para as guerras, terrorismos, violências sem fim, que arrancam lágrimas de mães e crianças, que fazem crianças órfãs e mães sem filhos, que outro remédio teremos senão: “Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam.” Lucas 6:27 ?

Para as discórdias domésticas, para brigas entre famílias, entre cônjuges, entre pais e filhos, entre irmãos – essas que farão um Natal desunido entre os que se amam – haverá recomendação maior do que esse mandamento que alivia os corações: “Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete.” Mateus 18:22

Ante as crianças abandonadas, abusadas, foragidas das guerras e ante as crianças ricas, mas solitárias em casa, diante de seus tablets e games, ante as crianças todas, esses seres tão sensíveis e lindos, que melhor visão que essa: “Deixai vir a mim os pequeninos, e não os impeçais; porque deles é o reino de Deus.” Marcos 10:14 ?

Ante os sacerdotes iníquos, o abuso das religiões, o comércio dos bens espirituais, a fé do povo explorada e vilipendiada, manipulada e conduzida para o fanatismo e para a opressão, a que palavras recorrer senão às de Jesus: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundície.” Mateus 23:27 e ainda: “cegos condutores de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão no abismo.” ? Mateus 15:14

E para nos harmonizarmos com a natureza, tão ferida e devastada, que em sua simplicidade e beleza nos ensina a arte de bem viver, que dizeres mais poéticos que esses: “Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; e eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um deles.” Mateus 6:28,29?

E para todas as discriminações, condenações, julgamentos sumários, exclusões, que outro caminho senão esse: “Não julgueis, para que não sejais julgados.” Mateus 7:1, lembrando que Ele, o Mestre dos mestres acolheu a prostituta, o ladrão, o marginalizado, o escriba, o samaritano, a samaritana (todos os que na época eram discriminados, excluídos e párias da sociedade)?

E para qualquer impasse ético, qualquer questão existencial, qualquer dúvida profunda de como agirmos, está lá o mandamento máximo, a regra de ouro: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” Mateus 22:39

E quando estivermos desconsolados, cansados, com a alma à flor da pele, diante das lutas imensas da vida, ante as tempestades do caminho e ante as dores espalhadas na terra, que gostaríamos de mitigar, assim como as dores que todos carregamos no coração, lembremos ainda dele, de seu regaço amoroso: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” Mateus 11: de 28 a 30

Lembremos de Jesus nesse Natal. Não como fundador de uma religião sectária, não como rei dos céus, não como Deus encarnado, que não podemos alcançar ou imitar, não como mito histórico, mas como ser humano superior, como guia de nossas almas, como mestre de nossas ações. E assim, podendo ser aceito por muçulmanos que o chamam de profeta, por hindus que o consideram um avatar, por cristãos que o adoram como Deus, por budistas que o podem enxergar como um iluminado, por espíritas que o entendem por um Espírito que atingiu a perfeição que conhecemos nesse planeta – Jesus é uma resposta, um caminho, uma inspiração e uma saída de todos os labirintos psíquicos em que entramos por conta própria e de todos os problemas mundiais que nos assolam. Pensemos nele no Natal, lembremos dele a cada dia e pratiquemos seus conselhos sempre!

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3 respostas para O Natal, Jesus e as respostas que precisamos nesse mundo

  1. Adriana Jaeger Santos disse:

    Gostei muito! “O Consolador prometido”, suas palavras nos trouxeram um pouco mais aconchegados em Jesus e suas lições. “O fardo com Jesus é mais leve”, afinal, “nem só de pão vive o homem”, precisamos de palavras de consolo, nessa luta, que um dia finda, mas que ficam aqui todas as lutas e levamos apenas a nossa essência construída no labor e na dor e que não se perdeu nos enganos da matéria. Grande Abraço!

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  2. Claudia Mesquita disse:

    Simplesmente lindo!

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  3. Fernando disse:

    Gratidão Dora!

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